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WWF-Brasil lançou relatório sobre a expansão do Setor sucro-alcooleiro

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Publicado em Mon May 26 13:36:51 GMT-03:00 2008
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WWF-Brasil lançará relatório sobre a expansão do Setor sucro-alcooleiro



Os professores José Goldemberg (ex-reitor da USP) e John Wilkinson (CPDA/UFRRJ) serão os debatedores do trabalho apresentado por Luis Fernando Laranja (WWF-BRASIL)

São Paulo 14 de maio de 2008 – A terceira sessão do ciclo Impactos Socioambientais dos Biocombustíveis, dia 26, das 11h30 às 13h30, será dedicada ao lançamento público e à discussão de relatório inédito do WWF-BRASIL sobre as conseqüências da expansão do setor sucro-alcooleiro no Brasil. O evento está sendo organizado pelo NESA - Núcleo de Economia Socioambiental da USP e pelo NEREUS – Núcleo de Estudos Regionais e Urbanos da USP, sob a coordenação do prof. Ricardo Abramovay, do Departamento de Economia da FEA.

A exposição sobre o relatório será feita pelo Dr. Luis Fernando Laranja, do WWF-Brasil. O físico José Goldemberg, ex-reitor da USP, e o professor John Wilkinson, da UFRRJ, serão os debatedores.

OS CONVIDADOS

José Goldemberg
Físico formado pela Universidade de São Paulo (1950), com pós-graduação em universidades do Canadá e dos EUA, e doutorado pela USP. Recebeu diversos prêmios da comunidade científica brasileira e internacional e publicou vários livros e centenas de trabalhos. Foi reitor da USP, presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), secretário de Ciência e Tecnologia da Presidência da República, ministro da Educação e secretário do Meio Ambiente de São Paulo. Uma de suas obras mais conhecidas é o livro Energy for a Sustainable World, em co-autoria com Thomas B. Johonsson (Suécia), Amulya K.N. Reddy (Índia) e Robert H. Williams (EUA), editado pela Willey Eastern (Índia) em 1987. Em 1994 a Universidade de Tel Aviv criou, em sua homenagem, a "Cadeira José Goldemberg de Física Atmosférica". Presidiu o grupo que preparou o World Energy Assessment para as Nações Unidas e Conselho Mundial de Energia no período 1998/2001. Foi também membro da Comissão Internacional de Barragens, 1999/2000. É membro do Conselho Consultivo do WWF-Brasil.


John Wilkinson
Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e um dos mais importantes especialistas internacionais em temas referentes à sociologia dos movimentos sociais e suas repercussões na organização dos mercados. É um dos autores do livro Agrocombustíveis e a Agricultura Familiar e Camponesa (Fase/Rebrip/Oxfam)

Luis Fernando Laranja
Coordenador de agricultura e meio ambiente do WWF-BRASIL e principal autor do relatório que será discutido nesta sessão do ciclo organizado pelo NESA e pelo NEREUS. Doutor em medicina veterinária, foi professor da Universidade de São Paulo. É autor de “Leite, Política e Derivados” (Ed. Comunicação e Conteúdo).

BIOCOMBUSTÍVEIS
O relatório do WWF-BRASIL sobre a expansão do setor sucro-alcooleiro faz um balanço crítico sobre o tema procurando contemplar tanto as inegáveis virtudes econômicas e energéticas do etanol, quanto suas ameaças sociais e ambientais. De fato, poucos temas atuais têm despertado polêmicas tão apaixonadas quanto os biocombustíveis. Falsa solução para as mudanças climáticas, crime contra a humanidade, dizem uns, sob o argumento de que os biocombustíveis avançam fatalmente sobre áreas florestais, são cultivados a partir de métodos agronômicos intensivos em petróleo e vão acabar por concentrar renda e agravar o problema da pobreza e da fome. Para outros, ao contrário, os biocombustíveis fazem parte de um conjunto de alternativas técnicas cuja combinação vai conduzir a uma curva de aprendizagem e a modalidades produtivas capazes de integrar – mais que opor – o aumento da produção alimentar e a oferta de energia.
O Brasil tornou-se um ator estratégico internacional decisivo neste tema e tem atraído investimentos vultosos, tanto para a produção de etanol como para o biodiesel. Além disso, tanto o governo brasileiro como diversos atores privados e associativos são protagonistas de ações decisivas no tema.
O avanço da cana-de-açúcar terá repercussões sobre áreas ecologicamente mais frágeis e particularmente sobre os biomas até aqui preservados da Amazônia e dos cerrados? O zoneamento econômico ecológico contém medidas consistentes para impedir que o etanol se associe a devastação ambiental? A certificação ambiental do etanol pode exercer um papel de controle nesta direção? O Programa Nacional de Produção de Biodiesel conseguirá promover a integração social e a diversificação produtiva a que se propõe?
A resposta a estas perguntas passa por abordagens que envolvem o estudo da localização das iniciativas econômicas, bem como o dos principais vetores e das mais importantes forças sociais envolvidas com o tema. Esta é a razão pela qual o NEREUS e o NESA, do Departamento de Economia da USP, estão promovendo um ciclo de debates a respeito do tema.
O ciclo foi aberto e não necessitou de inscrições.