Metodologia da Economia - Aula 8 - O Debate de Métodos: Escola Histórica versus Escola Clássica - Parte 3
Metodologia da Economia - Aula 8 - O Debate de Métodos: Escola Histórica versus Escola Clássica - Partes 1 a 7 Nesta aula do curso Metodologia da Economia, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, a professora Ana Maria Bianchi discorreu sobre o importante debate metodológico que se deu no final do século XIX entre os que apoiavam a Escola Clássica de Economia e os componentes da Escola Histórica Alemã. Para os clássicos, a economia era uma ciência abstrata e dedutiva. A teoria logicamente articulada permitia deduzir leis passíveis de aplicação. Já os componentes da Escola Histórica viam a economia como uma ciência ética e realista. O método era indutivo, portanto, incapaz de formular leis gerais e abstratas. As leis econômicas, no caso dos historicistas, eram condicionadas a determinados estágios da história. A professora também discorreu sobre a “guerra de métodos”, ocorrida no final do século XIX entre as escolas Clássica Inglesa e Histórica Alemã. As diferenças começavam no posicionamento de cada grupo. Os intelectuais da Escola Histórica acreditavam que deveriam construir o futuro da nação alemã e por isso assessoravam as autoridades políticas, para que promovessem o desenvolvimento industrial e se colocassem contra os proprietários de terras que queriam impedir este desenvolvimento. Já os integrantes da Escola Clássica defendiam o liberalismo. O indivíduo deveria lutar pelo próprio progresso e a sociedade se organizaria naturalmente desde que confiasse nas leis do livre mercado. Por fim, a professora retomou a discussão sobre o Escopo e Método da Economia, desta vez na visão do economista britânico, Lionel Robbins, que morreu em 1984. Ele foi o formulador da definição neoclássica de Economia, que se tornou a mais aceita por muitas correntes. Segundo Robbins, Economia é a ciência que estuda o comportamento humano resultante da relação que existe entre as necessidades a serem satisfeitas e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos.