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Fórum Permanente sobre Espaço Público: a USP e a especificidade de seus campi-001

USP instala fórum para debater espaço do campus universitário (Da redação, Agência USP, 17/04/2008). No dia 24 de abril de 2008, o campus da USP no Butantã (Zona Oeste de São Paulo), foi palco de uma iniciativa inédita. Nesse dia, foi instalado o Fórum Permanente sobre Espaço Público: a USP e a especificidade de seus campi. O objetivo é promover uma ampla reflexão e discussão sobre o uso, a ocupação e a destinação do campus universitário público, de modo a contribuir para seus processos de governança, conservação e funcionamento sustentável. O Fórum, que prevê encontros presenciais a cada dois anos, pretende ajudar a harmonizar as relações entre os diferentes grupos, que vão dos usuários da comunidade USP, os gestores da Universidade, o entorno social e político, aos cidadãos em geral. “Espera-se que a participação efetiva no Fórum contribua para construir conceitos e consensos, de modo a harmonizar as relações entre usuários e gestores, promovendo uma convivência respeitosa e saudável para todos”, destaca Adilson Carvalho, prefeito do campus da Capital. As discussões contaram com a presença de dois palestrantes: os professores Edmir Netto de Araújo, da Faculdade de Direito (FD), doutor em Direito do Estado, com ampla produção científica no campo do Direito Administrativo, e Euler Sandeville Júnior, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), coordenador da área de Paisagem e Ambiente do Programa de Pós-Graduação da FAU e do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (Procam) da USP. Além disso, para facilitar o aprofundamento dos temas, as discussões e elaboração de propostas que possam subsidiar a construção de um futuro Plano de Uso Sustentável do campus da Capital, serão criados Grupos de Trabalho (GT). Os grupos serão reunidos a partir das 14 horas, quando receberão material de referência e serão informados sobre a dinâmica de trabalho. Cada GT terá quatro meses para definir e realizar suas atividades. Os temas em debate serão segurança em saúde, patrimonial e pessoal; infra-estrutura, mobiliário urbano e suportes de comunicação visual; sistema viário, trânsito e transportes; patrimônio natural, histórico, científico e cultural do campus; resíduos e relacionamento com o entorno sociocultural, político, econômico e científico-tecnológico.

A Empresa Verde

Uma das especialistas em desenvolvimento sustentável, a professora francesa Élisabeth Laville. Ela foi responsável por introduzir este assunto na pauta de debate francesa. Fundadora do Utopies (www.utopies.com), palestrou na FEAUSP na manhã do dia 25 de agosto, sobre o seu livro que está sendo lançado no Brasil A Empresa Verde. No livro, todo impresso em papel reciclado, a professora busca expor a necessidade das empresas se aliarem ao meio ambiente em busca de novos modelos para alcançar a sustentabilidade. Basicamente o mesmo tema foi abordado em sua exposição oral. A prof. Laville, iniciou sua apresentação falando um pouco mais do projeto Utopies e a mudança tanto da abordagem, quanto da maior participação da pauta ambiental entre todo o mundo. Isso sugere o que ela chamou de “uma mudança no ar”, hoje, o verde está nas capas de revistas, não só as especializadas no assunto, mas também as de interesse geral ou as direcionadas ao mundo empresarial. A mudança também atinge as camadas empresariais. Hoje multinacionais também colaboram com esta mudança que se faz presente. Um novo pensamento de seus CEOs, causa um transformação que vem atingindo empresas por todo o mundo. O mito de que o ambiental pode entrar em choque com os interesses empresariais está finalmente dissolvido. Como exemplo foi apresentado que empresas que se preocuparam com o meio ambiente, tais quais GE, Philips e principalmente Toyota, contaram com um aumento no valor de suas brands. No entanto nem tudo são flores dentro deste mundo, para a pesquisadora. Muito mais pode ser feito, no entanto alguns desses mesmo CEOs acreditam que o mundo dos consumidores não está realmente pronto para todas mudanças possíveis dentro do mercado. Para que esta mudança seja finalmente estabelecida, acredita-se que exista a necessidade de algumas mudanças e criação de novas regras dentro do mundo dos negócios, que envolveriam “integrar, inovar e educar” para a professora. Isso, combinado com o desenvolvimento de mais produtos responsáveis, que são escassos, fará com que mais um passo seja dado em direção à sustentabilidade. Debate Após a apresentação, o professor visitante, que hoje integra o Núcleo de Economia Sócio-ambiental (NESA), Michael Conroy, analisou e expôs alguns dos pontos que acreditava ser pertinentes e outros que mereciam breves observações e críticas. Com o fim das observações do prof. Michael Conroy, a rodada de debate e perguntas do público aos dois pesquisadores foi aberta.