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Impactos socio-ambientais dos Biocombustíveis

Ignacy Sachs fará palestra na FEA-USP sobre biocombustíveis na FEA Data: 28/04/2008, das 11:30h às 13:30h, na sala da Congregação, FEA1 Conferencista: Prof. Ignacy Sachs, Emérito da École des Hautes Études en Sciences Sociales ( Paris ) Debatedores: Profs.Guilherme Dias ( FEA-USP) , Weber Amaral ( ESALQ ) Responsável: Prof. Dr.Danilo Igliori Realização: NEREUS/NESA/EAE Transmissão ao vivo pelo link: http://www.iptv.usp.br São Paulo 11 de abril de 2008 – O economista Ignacy Sachs, professor emérito da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris), falará na FEA-USP dia 28 de abril, às 11h30, na segunda sessão do ciclo Impactos socioambientais dos biocombustíveis. Os debatedores serão os professores Guilherme Dias (FEA) e Weber Amaral (ESALQ). O evento foi organizado pelo NESA - Núcleo de Economia Socioambiental da USP e pelo NEREUS – Núcleo de Estudos Regionais e Urbanos da USP, sob a coordenação do prof. Ricardo Abramovay, do Departamento de Economia da FEA. IGNACY SACHS Nascido na Polônia, Ignacy Sachs graduou-se em economia no Rio de Janeiro, doutorou-se pela Universidade de Nova Delhi, na Índia, e depois passou a viver na França. Especialista em problemas do desenvolvimento econômico e em questões ambientais, publicou vários livros e muitos artigos sobre esses temas. Foi professor da Universidade de Varsóvia, consultor de organismos internacionais e conselheiro especial da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ECO-92. BIOCOMBUSTÍVEIS Poucos temas atuais têm despertado polêmicas tão apaixonadas quanto os biocombustíveis. Falsa solução para as mudanças climáticas, crime contra a humanidade, dizem uns, sob o argumento de que os biocombustíveis avançam fatalmente sobre áreas florestais, são cultivados a partir de métodos agronômicos intensivos em petróleo e vão acabar por concentrar renda e agravar o problema da pobreza e da fome. Para outros, ao contrário, os biocombustíveis fazem parte de um conjunto de alternativas técnicas cuja combinação vai conduzir a uma curva de aprendizagem e a modalidades produtivas capazes de integrar – mais que opor – o aumento da produção alimentar e a oferta de energia. O Brasil tornou-se um ator estratégico internacional decisivo neste tema e tem atraído investimentos vultosos, tanto para a produção de etanol como para o biodiesel. Além disso, tanto o governo brasileiro como diversos atores privados e associativos são protagonistas de ações decisivas no tema. O avanço da cana-de-açúcar terá repercussões sobre áreas ecologicamente mais frágeis e particularmente sobre os biomas até aqui preservados da Amazônia e dos cerrados? O zoneamento econômico ecológico contém medidas consistentes para impedir que o etanol se associe a devastação ambiental? A certificação ambiental do etanol pode exercer um papel de controle nesta direção? O Programa Nacional de Produção de Biodiesel conseguirá promover a integração social e a diversificação produtiva a que se propõe? A resposta a estas perguntas passa por abordagens que envolvem o estudo da localização das iniciativas econômicas, bem como o dos principais vetores e das mais importantes forças sociais envolvidas com o tema. Esta é a razão pela qual o NEREUS e o NESA, do Departamento de Economia da USP, estão promovendo um ciclo de debates a respeito do tema. O ciclo é aberto e não necessita de inscrições. As conferências e os debates serão gravados em vídeo e transmitidos ao vivo via internet (http://www.iptv.usp.br/). Local: Sala da Congregação da FEA-Prédio FEA 1 Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 Cidade Universitária, São Paulo (SP)