Transmissões

Data
Vídeos indicados

COLÓQUIO - IFUSP: A comunicação de risco em uma crise nuclear a experiência de Fukushima

Após a crise nuclear de Fukushima, percebe-se que a comunicação de risco no mundo todo não melhorou muito desde a crise de Chernobyl, há 30 anos. O dano aos reatores nucleares de Fukushima recebeu mais cobertura do que as consequências da catástrofe natural. A cobertura da mídia após uma crise nuclear é um caso espetacular de preocupação equivocada e tem levantado muitas questões sobre se as lições de Chernobyl foram efetivamente aplicadas. A reação global à crise de Fukushima demonstra claramente a necessidade de mensagem pública clara para diminuir as preocupações que aumentam com a questão do risco de radiação para a população. A catástrofe nuclear de Fukushima é uma questão global e dadas as suas características de complexidade, incerteza e ambiguidade, a comunicação de risco deve ser melhorada. Isto poderá ser feito através da veiculação de assuntos complexos, tais como radiação e seus efeitos sobre os seres humanos, em linguagem que os leigos possam entender. Os cientistas, em geral, não são bons comunicadores da ciência. Na verdade, esta é uma lição que os cientistas de todos os países devem aprender. A estratégia de comunicação de risco precisa se concentrar na compreensão de como o público percebe os riscos, como a mídia traduz informações recebidas de cientistas ou de formuladores de políticas públicas, e como representantes do setor público e privado podem melhor informar sobre o risco em uma ampla gama de disciplinas. Informações sobre o palestrante: Professor sênior do Departament of Biomedical Imaging, University of Malásia, Kuala Lumpur, Malásia. Ele recebeu seu PhD ( Física Médica ) na Universidade da Malásia e é também certificado pelo American Board of Medical Physicis. Foi presidente da AFOMP (Asian-Oceania Federation for Medical Physics). Atua em pesquisas nas áreas de proteção radiológica, dosimetria in vivo e controle de qualidade em radiologia convencional, computadorizada, digital, intervencionista, tomografia computadorizada, mamografia, medicina nuclear e radioterapia. É autor/co-autor de mais de 150 artigos em revistas e jornais e apresentou mais de 400 artigos científicos, além de livros e capítulos de livros. Possui 2334 citações no Google Scholar, com fator H 24. Atua como co-editor e é um dos fundadores da revista Biomedical Imaging and Intervention Journal (BIIJ). Além disso, faz parte do conselho editorial e conselho consultivo da RBR, APESM, MP, PMB, ISPUB, SMJ, WJR e JMMB. O Dr. Ng tem atuado como consultor especialista para a IAEA e é membro do painel de especialistas para ICNIRP. Atua intensamente em instituições importantes, tais como a IOMP (International Organization of Medidal Physics) e a WHO (Whorld Health Organization). Seus interesses de pesquisa estão nas áreas de caracterização biofísica e imagem das doenças mamárias, bioefeitos da radiação, imagens digitais e dosimetria.