Arquitetura meteorológica
Com uma posição crítica diante do antigo postulado de que a arquitetura exige construções edificadas para ser respeitada enquanto disciplina, a obra de Philippe Rahm caminha em sentido inverso. A favor de uma “arquitetura meteorológica”, livro homônimo de sua autoria (2009), o artista e arquiteto atribui ao setor de construção uma das responsabilidades do aquecimento global. Na prática, Rahm dá um passo além da questão dos materiais sustentáveis e propõe que o próprio clima sirva de linguagem arquitetônica ao indagar se “o vapor, o calor ou a luz poderiam constituir as novas bases de construção contemporânea”. A pertinência desse modo de construir espaços a partir de índices imateriais (cheiros, temperaturas, estímulos hormonais…) constitui também um programa estético ao convidar o visitante a mergulhar em ambientes sensoriais. Mais informações em www.forumpermanente.org