Os Limites do Virtual na Educação Real
A virtualização das mídias é fato inexorável. Filmes fotográficos, CDs, DVDs já se encaminham para acompanhar os discos de vinil nas mãos de saudosistas e colecionadores ou em acervos de museus. Até mesmo os livros impressos, que muitos consideravam, e alguns ainda consideram, insubstituíveis perdem espaço para a digitalização. As salas de aula também se virtualizam e novos paradigmas, como MOOC, SPOC, sala de aula invertida, conectivismo e blended learning, disputam espaço com a lousa, o giz e até mesmo com o PowerPoint e datashow . As tecnologias interativas, com destaque para os games, a realidade virtual e a realidade aumentada, passam a fazer parte da caixa de ferramentas de professores preocupados em não se distanciar dos alunos das gerações interativas. Mas quais seriam os limites do virtual na educação ? Nesta palestra iniciaremos por discutir: o que, afinal, é o virtual ? Passaremos pelos principais paradigmas tecnológicos com potencial de impactar a educação nos próximos anos e analisaremos os limites dessa virtualização. Será que qualquer conhecimento pode ser ensinado e aprendido por meios virtuais ?
Romero Tori é engenheiro, doutor e livre-docente pela USP na Área de Tecnologias Interativas. É Professor Associado III da Escola Politécnica da USP, na área de engenharia de computação, onde coordena o Interlab - Laboratório de Tecnologias Interativas. Ocupa também o cargo de Professor Titular do Centro Universitário Senac, na área de design digital, onde coordena o Programa de Iniciação Científica e o Grupo de Pesquisa em Tecnologia Aplicada. Coordenou e tem desenvolvido diversas pesquisas em tecnologias interativas, com ênfase na aplicação em educação, saúde e entretenimento. É bolsista de produtividade do CNPq e autor, ente outros trabalhos, do livro “Educação sem Distância" pela Editora Senac.