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O debate macroeconômico: neoclássicos e keynesianos será tema do primeiro seminário do ciclo.

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Publicado em Tue Apr 29 15:02:11 GMT-03:00 2008
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Delfim Netto organiza série de seminários para debater o estado da arte em economia na FEA

Especialistas falarão sobre as contribuições mais recentes à teoria econômica. O primeiro debate será dia 29, das 10 às 12 horas, na FEA-USP.

Informação à imprensa

São Paulo, 23 de abril de 2008 - O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Antonio Delfim Netto, professor emérito da FEA-USP, acaba de organizar uma série de oito seminários de especialistas sobre o tema O Estado da Arte em Economia. Os expositores convidados analisarão contribuições recentes à teoria micro e macroeconômica, e o papel da pesquisa teórica e empírica na ciência econômica.

No primeiro seminário da série, dia 29, das 10h às 12h, os professores Gilberto Tadeu Lima (FEA-USP) e Fernando de Holanda Barbosa (EPGE-FGV, Rio de Janeiro) falarão sobre o tema O Debate Macroeconômico: Neoclássicos e Neokeynesianos.

NOVAS CONTRIBUIÇÕES
O professor Simão Davi Silber (FEA-USP), que colabora com o professor Delfim Netto na organização dos seminários, informa que a idéia é reunir as principais contribuições teóricas e empíricas que ocorreram na fronteira do conhecimento econômico. A série de 2008, mais acadêmica, difere da realizada no ano passado, que era muito calcada na economia brasileira e nos problemas do país. “Este ano o objetivo é fazer uma reflexão sobre novas áreas do conhecimento econômico”, diz.

Os seminários tratarão, por exemplo, do estado atual do debate entre economistas neoclássicos e marxistas, com base em suas contribuições teóricas e empíricas. Outro debate teórico a ser focalizado é o entre economistas mais favoráveis à intervenção estatal e os que gostariam de ver essa intervenção reduzida ao mínimo. Esse embate inclui uma discussão sobre o papel dos bancos centrais na atualidade, num mundo em que o mercado financeiro está muito integrado, e sobre o gerenciamento de uma economia durante uma crise financeira internacional.

“São novos temas que surgiram nas últimas décadas”, explica o professor Simão Silber, bem diferentes dos abordados pelo criador da macroeconomia, John Maynard Keynes, durante a depressão dos anos 30 do século XX.

Uma questão que estará presente na série de seminários é a dos modelos matemáticos. A economia foi muito matematizada nos últimos 50 anos, o que impõe uma análise dos pontos fortes e dos problemas dessa tendência. Os seminários tratarão ainda, entre outros temas, da aplicação de modelos gravitacionais na economia, a chamada geografia econômica ou economia espacial, uma área relativamente nova do conhecimento econômico. Também serão analisados os modelos experimentais que fazem parte da economia da complexidade, que usa modelos matemáticos para avaliar a evolução de um sistema econômico.

A série de seminários incluirá igualmente debates sobre:
•a teoria econômica do meio ambiente e desenvolvimento sustentável;
•a economia experimental, uma combinação de conhecimentos econômicos e psicológicos, que coloca as pessoas em uma situação de laboratório, com a finalidade de ver como elas reagem a estímulos econômicos (por esse método chega-se a resultados diferentes da teoria convencional, inspirada na visão utilitarista, na qual cada um, individualmente, procura maximizar seu bem-estar);
•as fronteiras da metodologia (os principais métodos de pesquisa econômica usados na atualidade);
•a relação entre demografia e mercado de trabalho, que leva em conta a mudança demográfica muito forte em curso no mundo e os seus impactos sobre o emprego. O fato de haver menos jovens e mais velhos na população representa uma transição demográfica importante no mundo. O que isso significa para a análise econômica?

Segundo o professor Carlos Roberto Azzoni, diretor da FEA-USP, a realização desses seminários na faculdade é um fato de grande relevância, porque todos os professores da casa são pesquisadores. Nessa condição, também contribuem para avanços teóricos e empíricos nos campos da economia, administração, contabilidade e atuária.

Na opinião do professor Joaquim José Guilhoto, chefe do Departamento de Economia da FEA-USP, os seminários oferecem uma oportunidade para que alunos de graduação e pós-graduação, empresários, profissionais de economia e demais interessados no tema participem de debates acadêmicos do mais alto nível e aprofundem seu conhecimento em teoria econômica.

DELFIM NETTO
Após longo período de atuação na vida pública, no Executivo e no Legislativo, e como embaixador do Brasil na França, o professor Delfim Netto retornou em 2007 à FEA-USP, onde fez sua carreira acadêmica, da graduação em Ciências Econômicas à conquista do título de Professor Catedrático da cadeira de Teoria do Desenvolvimento Econômico. Sua volta tem provocado grande interesse por parte de alunos e professores, pelo fato dele combinar a visão de professor universitário com a experiência adquirida no exercício de cargos públicos no país e no exterior.

Os seminários são gratuitos. Informações pelo telefone (11) 3091-5802.

Local: Sala da Congregação, Prédio FEA-1, avenida Professor Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo (SP).



FEA-USP
A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) é uma instituição pública de ensino e pesquisa conhecida no país e no exterior pela excelência de seus cursos, pela qualidade de sua produção acadêmica e pelos inúmeros serviços prestados à comunidade. Na linha de frente das instituições que formam economistas, administradores e especialistas em contabilidade no Brasil, a FEA-USP pauta suas atividades pelos elevados padrões da Universidade de São Paulo e alia o conhecimento sobre a realidade brasileira ao referencial teórico e metodológico dos mais avançados centros de conhecimento internacionais.

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