O vídeo demonstra uma das possibilidades de utilização de equipamento do televisão de varredura lenta no realização de trabalhos de vídeo-arte, buscando seu uso não prescrito. Nessa produção, imagens em vídeo dos graffittis da Avenida Paulista foram decodificadas pelo “slow scan” em impulsos sonoros e registrados em fitas de áudio. Estes impulsos sonoros foram então misturados ao som de um órgão para realimentar o “slow scan”. Deste modo, os sons do órgão que compõem a trilha sonora do vídeo parecem interferir diretamente nas sucessivas imagens estáticas escandidas do “slow scan”, fraccionando e distorcendo os “frames”. Este trabalho de caráter experimental apresenta uma inovação à nível formal ao colocar numa relação dinâmica inédita o som e a imagem da obra em vídeo. Representa uma primeira aplicação do pesquisa Visualização de sons através da televisão de varredura lenta.