O ensino de probabilidade e estatística no ensino médio no Brasil tem se
voltado à forma matemática da teoria. Dentro de diversos contextos, as
resoluções de problemas se limitam aos resultados exatos, com uso
excessivo de formalismo e fórmulas. Por vezes, se observa ausência total
de discussões que permitiriam uma visão consistente da teoria. Neste
cenário, muitos vieses de raciocínio são encontrados em uma variedade de
padrões mentais, inclusive com as pessoas utilizando heurísticas ao
julgar sob incerteza. Também, aplicam um número limitado de princípios
que reduzem o trabalho mental complexo de fornecer probabilidade e predizer
valores. Com a finalidade de ampliar o espectro de julgamento do aluno,
utilizamos os próprios princípios heurísticos para sondar os possíveis
modelos mentais e, em seguida, testamos algumas atividades quanto à
efetividade diante de padrões que acarretam erros de julgamento.