Os videogames deixaram de ser brinquedos de criança para se integrarem cada vez mais na cultura e no cotidiano da sociedade. Uma evidência disso é que os jogos digitais formam a indústria de entretenimento que mais fatura no mundo, com valores na casa dos US$ 20 bilhões de dólares no mundo - no Brasil, o faturamento foi de R$ 350 milhões em 2008. Foram criados cursos universitários de desenvolvimento de jogos e hoje os games são usados até em processos seletivos de empresas, dentro das salas de aula ou em treinamento militar. Apesar de tudo isso, ainda é comum ouvir críticas de que os videogames afastariam os jovens dos livros, piorariam o desempenho escolar ou gerariam comportamentos violentos e anti-sociais. Para desmitificar essas questões, apontar o papel dos videogames na cultura atual e discutir seu potencial no futuro, conversamos Roger Tavares, pesquisador de videogames e membro do portal GameCultura, Filomena Moita, educadora especializada em educação e novas tecnologias, e Sérgio Nesteriuk Gallo, doutor em Comunicação e Semiótica e professor da faculdade Anhembi Morumbi