CURSO DE VERÃO - 2017: Transporte Caótico em Sistemas Hamiltonianos
No espaço de fase dos sistemas hamiltonianos quase integráveis há trajetórias periódicas, quase-periódicas e caóticas. Essas trajetórias dependem da configuração espacial do sistema integrável e da amplitude da perturbação que quebra a sua integrabilidade. Se a amplitude da perturbação for pequena, as trajetórias caóticas ocupam partes isoladas do espaço de fase, separadas por barreiras constituidas por órbitas quase-periódicas e periódicas. Com o aumento da amplitude da perturbação, a região caótica no espaço de fase aumenta, as barreiras são quebradas e as trajetórias caóticas atingem todo o espaço de fase. Assim, o transporte caótico ocorre após o surgimento do caos global. Essa transição ocorre com o aumento da amplitude da perturbação, mas depende também do tipo da configuração espacial do sistema não perturbado. Os perfis espaciais monotônicos e não monotônicos apresentam cenários diferentes para a transição para o caos global. Serão apresentados exemplos dessas transições na física de plasmas confinados magnéticamente e experiências que podem ser explicados por essas transições