Colóquios do IFSC - Bóson de Higgs, uma longa caminhada: do papel ao anel, do anel ao Nobel
A discussão sobre bósons escalares em conexão com as partículas elementares iniciou-se na década de '30, com Fermi, Majorana, Pauli e Weisskopf. Na década de '50, Salam resolve algumas questões teóricas e compreende, com o advento das teorias de Yang-Mills-Shaw, o papel de campos escalares na base da compreensão de um mecanismo para a geração das massas para as partículas fundamentais.
Com as contribuições decisivas de Brout, Englert e Higgs, por um lado, Guralnik, Hagen e Kibble, por outro lado, consolida-se a física de uma nova partícula escalar, considerada elementar, o Bóson de Higgs. Estabelece-se a Teoria Eletrofraca e emerge, posteriormente, o Modelo-Padrão da Física de Partículas. Com isto, tem início também a era dos grandes aceleradores.
Do SPS ao LEP e do LEP ao LHC, o Modelo-Padrão vem sendo testado com precisões sempre mais altas e suas extensões - uma nova física acima da escala eletrofraca - estão sendo colocadas à prova. Dentre estas, a teoria realmente sub judice é a Supersimetria (SUSY).
Será discutida a relação entre a SUSY e o Bóson de Higgs e, sobretudo, o esforço maior será concentrado na identificação desta nova partícula e na apresentação do real status da SUSY como uma possível nova física além do Modelo-Padrão após os 3 primeiros anos de operação do LHC.